Apresentamos um panorama do trabalho genealógico realizado pela Família Insaurriaga, de extrema relevância, não só para os integrantes da Família, mas também para toda a Comunidade Basca Gaúcha, e com ele iniciamos uma série de matérias relativas ao Seminário de Genealogia, realizado no dia 5 de Julho de 2014, paralelamente ao Congresso de Cultura Basca, na histórica Bibliotheca Pública Pelotense.
O sobrenome Insaurriaga, que no idioma milenar vasco (Euskara) significa "Local onde há Nogueiras", chegou a América junto com o casal Marcellina Pacheco e Juan José Insaurriaga e seus filhos jovens, Eugenio, Ramón e Sibirina, que aportaram em Montevideo e fixaram residência em Tacuarembó (Uruguay). O casamento de Eugênio José com a gaucha Maria Antônia Rocha deu origem ao primeiro Insaurriaga nascido no território do Rio Grande do Sul: Francisco Eugênio Insaurriaga, que mais tarde, viria a contrair matrimônio com uma de suas primas, Marcelina Insaurriaga, filha de Ramón.
O cenário gaúcho da Saga dos Insaurriaga no Novo Mundo passa pelo Distrito pelotense de Monte Bonito, local de conhecidas pedreiras, escolhido pelo patriarca dos Insaurriaga para fixar residência devido à atividade profissional que exercia: a cantaria (corte de pedras). Segundo relatos familiares repassados de geração em geração, Eugênio Insaurriaga, que hoje empresta seu nome a uma rua localizada no Bairro Fragata, teria sido responsável pelo calçamento de diversas vias na Cidade de Pelotas e inclusive, da Praça Cel. Pedro Osório.
O resgate da História, das conexões familiares (Genealogia) enfim, dos primeiros passos de uma família de origem basca da Diáspora nas Américas, corresponde ao capítulo mais recente da epopéia de um povo que é considerado "A primeira Família Européia", que estabeleceu-se nas terras localizadas entre os Pirineus e a Baía da Bizkaia numa época do período paleolítico em que o nomadismo era praticado pela mairoria dos povos seus contemporaneos. O idioma e a maioria das manifestações culturais bascas nasceu neste período, que remonta a mais de 10 mil anos, muito anterior ao início das migrações das tribos indianas que povoaram a Europa através do Caucaso dando origem a todas as demais nações européias.
O Amor pelo seu Território escolhido, chamado Euskal Herria, ou "Terra daqueles que falam o Euskara" o esforço incessante para preservar este idioma e as demais manifestações culturais, de geração em geração, nestes 10 mil anos são os sentimentos que continuam vivos também aqui: neste rincão lusófono da América do Sul, chamado Rio Grande do Sul. Uma das provas disto é a iniciativa de pessoas como Elimar Insaurriaga, Eduardo Insaurriaga com a colaboração de seus demais familiares, bem como a de outras famílias que realizam pesquisas similares na area e serão destacadas em matérias posteriores.
A criação e a consolidação da Casa Basca do Rio Grande do Sul igualmente e fundamentalmente baseia-se neste Amor pela Terra ancestral, na determinação que segue junto com cada basco-descendente da Diaspora, de preservar a ligação com a Euskal Herria e, é claro, na perseverança (teimosia) típicamente basca.
AUPA INSAURRIAGA!
GORA GAUTXA´ko EUSKO ETXEA!
Elimar de Castro Insaurriaga |
Eduardo Faria Insaurriaga |