terça-feira, 18 de maio de 2021

Don Pedrito de Anzoateguy, del País Vasco á la Pampa Gaucha

 

  1. Dom Pedrito - Pampa Basca y Gaucha


Fué en el fin del XVIII, que el fidalgo biscaíno Pedro de Anzoateguy, heredero de la casa señorial de Etxebarria (Bizkaia), desheredó de las tropas castellanas basadas en la Banda Oriental y rumbó hacia el norte, donde se estableció, junto a un grupo de compatriotas vascos, a la orilla del río Santa Maria Chico, en un território que luego seria cedido a los lusitanos por la Corona Española, en cambio por la Colónia del Sacramento, ubicada a las orillas del Rio de la Plata. 

Los vascos se establecieron  en esta region pampeana, donde construyeron sus ranchos y estâncias, al rededor del año 1775. Además de las actividades camperas relacionadas a la pecuária, los vascos se dedicaban al comércio entre los territórios castellanos y lusitanos.  Al rededor del año 1800, ya había alli un importante núcleo de población que tan solo en el 1972 fué elebado al patamar de freguesia, con la denominación de bautismo de Nuestra Señora del Patrocínio de Don Pedrito, un homenaje al pionero vasco. En 1888, al emanciparse de Bagé, Don Pedrito gana status de Município (Ayuntamento), con extensión territorial idêntica à la actual,

En 2022, Don Pedritp festeja 150 años de su emancipación! Con casi 250 años de História, desde el nacimiento, por manos vascas, esta ciudad que actualmente hace frontera con Uruguay, fué testiga y protagonista en muchos períodos decisivos de la História Gaúcha y del Continente, tales como las Guerras Platinas entre el Império Luso-Brasileño y las Províncias Unidas del Rio de la Plata, La Revolución Farroupilha, el confronto entre la República Rio-Grandense independentista y el Império de Brasil y las dos Guerras Civiles conocidas como: las Revoluciones del 1893 y 1923.





segunda-feira, 17 de maio de 2021

Don Pedrito de Anzoateguy, do País Basco à Pampa Gaúcha

Dom Pedrito - Pampa Basca y Gaucha
 Dom Pedrito - Pampa Basca y Gaucha

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Foi no último quarto do século XVIII, que o fidalgo biscaíno Pedro de Anzoateguy, herdeiro da casa senhorial de Etxebarria (Bizkaia), deserdou das tropas castellanas baseadas na Banda Oriental e rumou para o norte, onde se estabeleceu, junto a um grupo de compatriotas bascos, às margens do Santa Maria Chico, em um território que logo seria cedido aos lusitanos pela Coroa Espanhola, em troca da Colónia do Sacramento, situada às margens do Rio da Prata. 

Os bascos se estabeleceram  nesta região pampeana, onde construíram ranchos e formaram estâncias, em torno do ano 1775. Além das atividades campeiras relacionadas à pecuária, os bascos se dedicavam ao comércio entre os territórios castelhanos e lusitanos.  Em torno do ano 1800, já existia ali um núcleo populacional considerável que apenas em 1872 foi elevado à condição de freguesia, com o nome de batismo de Nossa Senhora do Patrocínio de Don Pedrito, em homenagem ao pioneiro basco. Em 1888, emancipado de Bagé, Dom Pedrito ganha status de Município, com extensão territorial idêntica à atual,

Em 2022, o Município comemora o Sesquicentenário de sua emancipação. Com quase 250 anos de História, desde o seu surgimento, pelas mãos bascas, esta cidade que hoje faz divisa com o Uruguay, testemunhou e foi protagonista em diversos períodos decisivos da História Gaúcha e do Continente, como as Guerras Platinas entre o Império Luso-Brasileiro e as Províncias Unidas do Rio da Prata, A Revolução Farroupilha, confronto entre a República Rio-Grandense e o Império do Brasil e as duas Guerras Civis conhecidas como Revoluções de 1893 e 1923.






sexta-feira, 7 de fevereiro de 2020

Euskal Artzain Txakurra - Pastor Basco - Basque Sheepdog


Euskal Artzain Txakurra é uma muito antiga raça de cães que nasceu e se desenvolveu entre os pastores de ovelha das montanhas do País Basco. Na verdade, são dois tipos distintos: o Iletsua, que tem o corpo recoberto por longos pelos o que coincide com a etimologia da palavra em Euskara (Iletsua = peludo) e o Gorbeiakoa, originário da região montanhosa de Gorbeia, ( situada na divisa entre Bizkaia e Araba (Alava))

O ovelheiro basco Gorbeiakoa é o mais antigo dos dois, sendo que alguns esqueletos de exemplares da raça foram encontrados em sítios arqueológicos de até 12 mil anos, em algumas regiões do Euskal Herria (País Basco).

O Pastor Basco de Gorbeia: Presente há 12 mil anos na região, tão antigo como o povo de Euskal Herria.

O Sheepdog Iletsua, (peludo em Euskara), versão mais recente do Pastor Basco (Euskal Artzain Txakurra)



quinta-feira, 23 de janeiro de 2020




A Casa Basca Gaúcha retomará suas atividades no mês de Fevereiro com o projeto Gure Sustraiak (Nossas Raízes), que tem como objetivo aproximar pessoas e famílias de origem basca através das mídias sociais da Euskal Etxea.

Nos primeiros meses do ano, estaremos incentivando e dando apoio aos basco-descendentes que já tem atividades no mundo virtual (relacionadas à temática basca ou não) prestando orientações na are de criação de sites e redes sociais e oferecendo hospedagem gratuita ou com custo abaixo do mercado.
Mais informações através do email da Casa Basca: euskaletxea.rs@gmail.com




quinta-feira, 25 de outubro de 2018

Lançamento do livro "De cara com a fera", de Cláudia Etchepare



Clique para saber mais sobre o livro.
 Lançamento do livro:  "De Cara com a fera - O verso e o reverso do câncer", de Cláudia Paixão Etchepare. (Editora Metamorfose)

Sexta-Feira, Dia 8 de Novembro de 2018, das 19h30 às 22h, no Café do Porto (Padre Chagas, 293, Moinhos de Vento, Porto Alegre)

Quinta-Feira, Dia 15 de Novembro (feriado), das 17h30 às 18h30, na Feira do Livro de Porto Alegre 2018, Praça da Alfândega, Centro Histórico.

"Relato neste livro como lidei com a parte que me tocou do imponderável, quando me descobri portadora de um câncer." 
Cláudia Paixão Etchepare.









Cláudia Paixão Etchepare é formada em Letras - Inglês e Português e suas literaturas. A escrita é companhia constante no seu mosaico de variadas atividades. Teve 3 contos publicados em coletânea e também escreve em inglês, língua com a qual tem intimidade e é seu instrumento de trabalho. Desde 2012 frequenta oficinas de escrita literária em Porto Alegre, e concluiu recentemente o Curso de Formação para Escritores na Metamorfose Cursos. Lança seu primeiro livro estilo memoir De cara com a fera: o verso e o reverso do câncer - relatos, ponderações e reflexões sobre sua experiência com o imponderável: um câncer.






Textos de Cláudia Etchepare publicados no site da Casa Basca do Rio Grande do Sul: 


"Crônica da Fronteira".  (Outubro de 2013)








Na compra do livro "De cara com a fera: o verso e o reverso do câncer"

parte da renda será revertida para o PROJETO MOSAICO.



Você sempre desejou participar de alguma forma de voluntariado, mas não sabe como?
O projeto consiste em uma ação entre amigos interessados em conhecer as oportunidades e opções de ajuda voluntária a causas beneficentes, aqui em Porto Alegre.

Como funciona o Projeto? 
O PROJETO MOSAICO é dividido em um grupo de pessoas que fazem parte do LABORATÓRIO DE IDEIAS e um grupo maior que são os VOLUNTÁRIOS EVENTUAIS. Como parte do programa, convidaremos representantes de associações beneficentes para conhecermos o seu trabalho e mapearmos suas necessidades. A ideia é prestar apoio às instituições com projetos e ações simples e originais, repensados com um novo ângulo de visão.




quinta-feira, 2 de agosto de 2018

Projeto Raízes (Laura Etchalus de Macedo)

     
  
   Juntamente com www.agroeducacion.com da Argentina e http://labrit.net/es/ com sede em Pamplona, ​​Navarra, está sendo organizada uma viagem para Euskal Herria (País Basco), partindo de Buenos Aires em 27 de setembro e retornando no dia 8 de outubro, passando por Madrid. 
   O objetivo de viagem é conhecer as raízes de nossas famílias focadas na produção agrícola. Originalmente, a ideia surgiu do grande número de descendentes de bascos que temos no setor agrícola e da importância que eles tem para o desenvolvimento de nossa pecuária e agricultura.
   O roteiro além de passar por diversas produções agrícolas conta com pontos turísticos e deliciosos restaurantes, clássicos da Euskal Herria.
   Aos interessados por favor contatar Laura Etchalus de Macedo: (51) 998817676, que está organizando os grupos bascos brasileiros.
   Nas fotos abaixo, detalhes do roteiro de viagem.









terça-feira, 13 de março de 2018

Primeira visita a Bilbao de um Gaucho de origem Basca. (Felipe Etchalus Thadeu)

           
Aitor Bilbao Izaguirre com Felipe Etchalus Thadeu no San Mamés (Estádio do Athletic Club)
 
             Muito possivelmente, por ter crescido na companhia de minha tia, Ana Luiza Etchalus, e por ter acompanhado parte do processo, encabeçado por ela, de resgate da herança do sobrenome Etchalus, o qual também carrego com orgulho, é que, ao me ver morando em Valladolid, na Espanha por conta de um intercâmbio universitário, não pude deixar de conhecer mais de perto a realidade do povo basco. 
Então, assim que me estabeleci no meu novo lar, comuniquei esse desejo a minha tia, que, após poucos minutos de espera, me respondeu com alegria que um amigo, Aitor, me estaria esperando em Bilbao quando chegasse e seria meu guia durante o passeio. E de fato, assim que cheguei em Bilbao, lá estava Aitor me esperando, de braços abertos e dois ingressos para conhecer o estádio de San Mamés, no jogo que aconteceria mais tarde, Athletic de Bilbao versus Las Palmas. Confesso que o futebol foi, de longe, o que menos me chamou atenção na partida. Acabaram por roubar minha atenção o estádio, inaugurado em 2013 e premiado em 2015 no World Architecture Festival como o melhor edifício desportivo do mundo de nova construção, e a torcida, que conseguiu esquentar o clima baixo um frio de 4ºC. 
            Após o jogo, eu e Aitor pegamos um trem, que nos levaria a Portugalete, a cidade onde vive. Chegando em Portugalete, já estava bem tarde, então nos despedimos e eu fui para o hotel, enquanto ele seguiu para casa. 
No dia seguinte pela manhã, meu hospitaleiro guia passou em meu hotel e me levou para conhecer a Puente de Vizcaya, uma ponte projetada e construída no século XIX, que une as duas margens da ría de Bilbao, a cidade de Portugalete ao bairro Las Arenas, pertencente ao município de Getxo. A construção, típica da era da revolução industrial e feita de ferro, foi a primeira do mundo de sua tipologia e é a mais antiga ponte de transbordamento do mundo ainda em operação. Em 2006, foi declarada patrimônio da humanidade pela Unesco. A estrutura é realmente impressionante e a vista lá de cima também encanta. 

Bizkaia Zubia (Puente de Viscaya)
            Desci da ponte pelo lado de Las Arenas, no município de Getxo, e seguimos caminhando pela costa até o Puerto Viejo de Algorta. Ao chegar, a sensação era de ter voltado no tempo. Me deparei com uma pequena vila de pescadores, com vielas, tabernas e restaurantes típicos que parecia não ter sofrido o passar do tempo. Entramos em uma taberna e ali Aitor me apresentou entusiasmado para seus amigos que trabalhavam no local como “o basco do Brasil”. Surpresos, me fizeram perguntas sobre o Brasil e me ofereceram um caldo quente para me esquentar. 
              Essa mescla de surpresa e fascínio que acontecia ao ouvirem da existência de herança basca no país do futebol e do carnaval se repetiu muitas vezes ao longo do meu passeio. Voltando a Portugalete, nos deparamos com uns tocadores de Txistu, que ao ouvirem de Aitor que eu vinha do Brasil, puseram-se a tocar “Carnaval, carnaval” em minha homenagem. Então, paramos para o almoço e Aitor me levou até sua casa. Lá, conheci Itziar, sua esposa, seu filho e sua sogra. Sua esposa havia preparado um almoço vegetariano especialmente pra mim e a comida estava fantástica. 
               No fim da tarde, eu e meu guia local nos dirigimos para Bilbao para ver o desfile de carnaval que aconteceria na cidade. Me deparei com um carnaval, de fato, muito diferente do que estou acostumado no Brasil, mas de maneira alguma menos fascinante. O espírito de carnaval atingia todas as idades. Vi desfiles de crianças, de idosos, de famílias. Todo o tipo de gente fantasiada e desfilando pelas ruas. Uma energia realmente contagiante. 
               Após o desfile, fui levado para conhecer o centro histórico de Bilbao, chamado de Casco Viejo. Ali conheci a Plaza Nueva, o Mercado de la Ribera, ao lado da Igreja de San Antón, um edifício gótico do século XV. Por fim, encontramos Itziar e caminhamos juntos até a Basílica de Begoña, a santa padroeira de Bilbao e Bizkaia. 
              Após o passeio pelo casco viejo, voltamos a Portugalete para aproveitar mais um pouco da noite de carnaval basca. Ali, passamos por uma série de bares e fui apresentado para um sem número de pessoas, todas muito simpáticas e interessadas no que eu tinha para contar. Por fim, paramos em um bar cujo dono conhecia muito do país basco francês, local de origem do sobrenome Etchalus. Esse foi um dos momentos mais emocionantes da viagem, porque o homem disse que um de seus melhores amigos havia sido um Etchalus e me presenteou com um calendário do país basco francês. O dia seguinte foi o dia dos museus. Primeiramente, me dirigi ao museu basco, situado no casco viejo de Bilbao, o qual recomendo muito, pois conta toda a história do povo basco desde os primeiros tempos até a modernidade. Após, fiz uma visita ao famoso Guggenheim, e lá pude experienciar todo o fascínio da arte moderna. A estrutura do museu, por si só, já é de fazer o queixo cair. Cheio de curvas e formas irregulares cobertas por placas de titânio, na beira da ría de Bilbao, o museu faz por merecer o status de cartão postal que recebe. As exposições tampouco ficaram para trás. com muitas experiências sensoriais e obras inéditas, o resultado almejado (e obtido) foi a ressignificação das noções de tempo e espaço através da arte. Realmente, uma experiência única. 

Guggenheim Bilbao Museoa.

               Por fim, reservei a última parte do dia de domingo para visitar o museu de belas artes de Bilbao. Mais um edifício fantástico que, dessa vez, me levou por um passeio pela história da arte. O acervo do museu de belas artes é vasto e contém desde obras que remontam ao séc. XIII até obras de arte contemporânea. O que me chamou positivamente a atenção é que o museu reserva uma seção inteira dedicada à arte basca, com propósito de proteger os valores culturais da comunidade local. 

Museu de Belas Artes de Bilbao (Bilboko Arte Ederren Museoa)

               Minha experiência no País Basco foi encantadora e completa. Ao longo da viagem, não apenas me desloquei por diferentes lugares, mas também pelas diferentes épocas. Visitei a Idade Média, por meio das obras medievais do museu de belas artes, passeei pela vila de pescadores de Getxo do séc. XVII, senti a chegada da revolução industrial ao atravessar a Puente de Vizcaya e, por fim, experimentei o mundo contemporâneo marcado pelas placas de titânio do museu Guggenheim. 
               Sou muito grato por ter podido conhecer um pouco mais dessa terra de aventureiros e pescadores, de gente batalhadora e hospitaleira, apaixonada por sua terra e orgulhosa de suas raízes.

Felipe Etchalus com grupo de tocadores de Txistu* de Bilbao. 
(* O Txistu é um instrumento de sopro tipicamente basco)
Texto e Fotos de Felipe Etchalus Thadeu.